31.10.05

Iara

Repara,

Iara,

O meu avesso é triste demais.

Pois que não me trazes beijos
do alto dos lábios

Qual não me quer a calma

Qual não existe,

Iara.


Insiste, Iara,

Que eu te ame,
sem nem ter como ter-te


Minha Iara,

Sem nem bem seres...

...a minha Iara.


Não importasse o dia.

Ssomos domingo

Com sol e agonia de nossos beijos.

Maresia cinza dos dias sem mar.

Somos daqui, tudo que nunca seremos

E eu te amo,

Sem te saber

Iara,

Insiste com o corpo todo

Que eu te descubra.

Na pele que escorre pra fora da roupa

Pede menina, com os olhos sem fundo,

Que eu te implore com os dentes.

O lugar,

aquele lugar;

de estar entre os seus.

19.10.05

a lingua fazia desenhos bonitos no vão de dentes e lábios; era como uma dança de duas bocas sozinhas que se procuravam, se insinuavam, e se recolhiam. Bonito, queria um dizer do outro, mas não diziam. Beijavam...irremediáveis...a secura das gotas contadas que lhes surgiam e molhavam o céu da boca e os lábios de carne

...beijavam...

e o beijo se lhes perdia.




3.10.05



por estes olhos que dormem,

esta boca que quer sorrir.

por este sono, este sonho, este ser...

meu universo.

que saudades menina

da nossa primavera.