Carro alegórico
A geringonça pimponeia
uma filosofia aflita:
Vão cabeças de laços
cocares de corpos idos
com coroas de crinas
e pernas de braços
tudo, todos de purpurina
O carro balança
sempre muito pesado
o motor também são
de pernas e braços
de empurradores anônimos
(Só nisso o carro já se encheu de alegoria)
O ferro pesa, mas nunca sozinho
Nossa alegria encanada mal se segura
de poder ser de repente tudo aquilo
e ao mesmo tempo
Vem samba enredo também
dar história pra gente
contexto
propósito
A bateria fabrica a vontade cardíaca
tudo se esforça
toda alma se dobra
por alguns minutos
Nosso instante de "tudo é possível" sobrou formatado
Em desfile cronometrado
seguido de morte mansa
em fim de avenida
uma filosofia aflita:
Vão cabeças de laços
cocares de corpos idos
com coroas de crinas
e pernas de braços
tudo, todos de purpurina
O carro balança
sempre muito pesado
o motor também são
de pernas e braços
de empurradores anônimos
(Só nisso o carro já se encheu de alegoria)
O ferro pesa, mas nunca sozinho
Nossa alegria encanada mal se segura
de poder ser de repente tudo aquilo
e ao mesmo tempo
Vem samba enredo também
dar história pra gente
contexto
propósito
A bateria fabrica a vontade cardíaca
tudo se esforça
toda alma se dobra
por alguns minutos
Nosso instante de "tudo é possível" sobrou formatado
Em desfile cronometrado
seguido de morte mansa
em fim de avenida