27.6.07

Pra onde vais querido mendigo?
Que me perguntas tão solone qual é a hora.

Quais compromissos, quais aventuras...
o que te espera em cada momento?

De que adianta eu te contar de um tempo,
se o teu é feito de substância outra.

E te acompanha para onde segues a arrastar o corpo.

Ao teu pedaço privativo de asfalto,
a uma loja, um estacionamento,
um posto.

Como puderam te convencer das horas?
Se toda parte já abrigou teu nome?

Se você está em tudo o tempo todo?

Mendigo onipresente.
Mendigo Deus.
Mendigo tantos.

Se queres de fato saber,

Faltam cinco minutos pro teu poente.
E uma vida toda para eu nascer.

1 Comments:

Blogger Karina Tambellini said...

Ainda que meu corpo tenha achado forma no de baixo, esse daqui me tomou uma sensação quase tátil, palpável.


Um preenchimento que se fez físico ainda que só se significados.

7:05 PM  

Postar um comentário

<< Home