29.8.08

não se perturbe
assim em vão.
o que se quis
está quisto

a fome ida
a comida
póstuma.

não se pertube
definitivamente
estou aqui
e nem te amo

tampouco me amas

estou aqui
a teu lado
saciado

e por isso,
por isso apenas,
permaneço

a saciedade me
cobre de preguiça
e então,

meu retomar do ânimo
é nosso adeus

que aqui,
mudado por um certo vício,
soa mais do que é.

Não há adeus.
Vou pela porta
que eu mesmo esqueci aberta

e a verdade é que
se assim eu a deixar
é como se nunca houvéramos

Nós nunca nos amamos.

se você me esquecer
antes de perceber
que parti

eu nunca terei existido.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

caramba.
Eu queria ter escrito esse poema.
Vim aqui, toda desiludida com essa história de amor, e aí está: vc explicou direitinho o que acontece.

7:14 PM  

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