13.6.11

sp

I

Minha cidade materna
onde a miséria e a elegância
coabitam e desconvivem
diluídos numa mesma garoa punitiva:
reverso de benção
pro noturno batismo regado à cachaça
onde sagramos nosso coração maldito.

e quanto mais bêbado
melhor também se apresenta
o vulto do amor envergonhado
esquecido tanto quanto apreciado
e que nos navega também
mesmo quando rechaçado:
estranho pulso regular dentro de pedra



II

amor paulistano
teimoso veleiro de lata
vencendo o asfalto encharcado

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Amei os versos. Você está cada vez mais falando à alma. bjs

8:39 PM  
Anonymous Anônimo said...

lindio
indio
di
ó!
uma india pintada de vermelho.

9:39 AM  
Anonymous Anônimo said...

Tás de volta quando pra essa São Paulo do seu nascimento?

3:11 PM  
Anonymous Anônimo said...

Tás de volta quando pra essa São Paulo do seu nascimento?

3:12 PM  
Blogger Mariana said...

lindo demais.

6:13 AM  

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