Vadia
Víbora, vadia e bruxa!
Frígida, maluca e sem escrúpulos!
Se não és vã é por fazer-me repelir-te.
Peçonha e visgo em minha alma
Medonha vóz, medonha face,
Nojo de ti: de teus pudores
Nojo de ti: em teus amores
És a questão de meus sofrimentos
E a razão de meus pesadelos,
Tu és o ócio e todo caos,
És o vazio oculto à alma
És o terror.
Tu és o fogo discrepante à beira-mar
És a volúpia em um amor eterno.
Tu és os olhos que enfeitiçam o homem
E uma vóz pairando o vento.
Tu és momento.
És traição em carapaça viva
E o assombro: um sentimento morto
Tu és moléstia do que vegeta
És toda dor e o recolhimento.
Tu és silêncio.
És tal o cravo na clausura de querer-se lírio
Nosso passado e minha eternidade
És o abster-se de prazer sonhado
Em dicotomia: a terceira opinião
És a face oca da solidão.
Tu és o abalo de um mar infindo
E a finitude de um poente lindo
Tu és o medo de quedar sozinha
És na alegria: uma desilusão
Tu és, maldita, um amor em vão.
Por ti deixado em tão discreto amor,
Há em meu peito um certo arder d'alma
Que te quer morta por amar-te tanto
E te quer longe por querer-te tanto
Ah! Que bruxaria me há feito cego,
De não poder mirar libidinosa alma
Dentro de ti, rameira perversa!
Faz-me livre de assombroso torpor
Para que a tenha um dia nem que morta,
Quero que sintas o sal arder-te os olhos
A afogar-te em tão sofridas lágrimas
Que sintas então o que por ti senti.
Frígida, maluca e sem escrúpulos!
Se não és vã é por fazer-me repelir-te.
Peçonha e visgo em minha alma
Medonha vóz, medonha face,
Nojo de ti: de teus pudores
Nojo de ti: em teus amores
És a questão de meus sofrimentos
E a razão de meus pesadelos,
Tu és o ócio e todo caos,
És o vazio oculto à alma
És o terror.
Tu és o fogo discrepante à beira-mar
És a volúpia em um amor eterno.
Tu és os olhos que enfeitiçam o homem
E uma vóz pairando o vento.
Tu és momento.
És traição em carapaça viva
E o assombro: um sentimento morto
Tu és moléstia do que vegeta
És toda dor e o recolhimento.
Tu és silêncio.
És tal o cravo na clausura de querer-se lírio
Nosso passado e minha eternidade
És o abster-se de prazer sonhado
Em dicotomia: a terceira opinião
És a face oca da solidão.
Tu és o abalo de um mar infindo
E a finitude de um poente lindo
Tu és o medo de quedar sozinha
És na alegria: uma desilusão
Tu és, maldita, um amor em vão.
Por ti deixado em tão discreto amor,
Há em meu peito um certo arder d'alma
Que te quer morta por amar-te tanto
E te quer longe por querer-te tanto
Ah! Que bruxaria me há feito cego,
De não poder mirar libidinosa alma
Dentro de ti, rameira perversa!
Faz-me livre de assombroso torpor
Para que a tenha um dia nem que morta,
Quero que sintas o sal arder-te os olhos
A afogar-te em tão sofridas lágrimas
Que sintas então o que por ti senti.
2 Comments:
ó! que vida essa...
parafraseando-me:
"eu nunca quis outra mulher."
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lembrou?
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