26.6.05

Segurou-a pelo braço quando de um impulso:

- Vais me largar eu sei, só não sei bem quando...

- ...dizes asneiras, sempre que terminas um destes seus livros!

- Ei, não culpes os livros, é a mim que queres ofender!

- Queimaria a todos se pudesse.

- ...não podes?

- Não. Sei que mataria mais de metade de ti.

(o bairro silenciou enquanto persistia a tv noutro canto...reclamando coisa aguda)

Olhou-a, então, primeiro com susto, e com certo ardor ressentido. Tomou de expressão sofrida e, tão logo, já se fazia condescendente. Até que lhe saltaram dos olhos duas adjetivações impetuosas e finais.

Sem que usasse palavras, apenas entornou o copo de todo à garganta, perguntando-se do por que de ela não haver atribuído culpa ao uísque que ele vertia todas as noites, e fez o corpo de lado na cama onde logo dormiu; sem ler coisa alguma.

5 Comments:

Anonymous Anônimo said...

Bom dia pequeno, tô aqui às 8 da matina pra dizer que seus textos continuam trè fantastique, melhorando cada dia mais...tem certas coisas q às vezes nos fazem bem, naum é?
Grande beijo...

4:00 AM  
Anonymous Anônimo said...

amanhã..

..recomeço.

4:05 PM  
Blogger Nícolas Brandão Silva said...

eu vou tirar você desse lugar...

11:16 AM  
Anonymous Anônimo said...

saudade...

8:00 AM  
Blogger Nícolas Brandão Silva said...

"(...) saudade machuca fazendo bem."


o carinho ficou...pra sempre!

6:07 PM  

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