12.6.06

Dizem que é paz morrer. E que fazemo-nos menores quando mortos. Nossa carne fica amiudada: encolhido o busto, convertendo a um ponto que nos puxa para dentro... É que passamos uma vida toda a semear grandezas e expansões! Expandir e expandir e expandir... É que deixamos de olhar o centro, a densidade, o essencial! E é pela morte que expandimos no sentido inverso. E nosso corpo se encurva para dentro, e o nosso mundo se entorna para dentro, e a expansão evolve apontando o centro... Um buraco negro que nos recicla. Um Deus incognito, infinitamente denso; de gravidade infinitamente forte, que nos salva de sermos eternos. É o que construímos para nos destruir. É o que moldamos para nos lembrar, que um dia nascemos miúdos, que abrimos os olhos e que estes arderam de luz, e que puxamos o ar e queimamos pulmões,

que eramos só centro...e que continuamos só centro...que expandimos para entendê-lo...

Num segundo final a força se implica, agora sobre;
Morremos compressos, apontando o imerso
os olhos não servem.
Somos ouvidos; finalmente.

tudo deixa...

1 Comments:

Blogger Molly said...

isso quer dizer que sou grande agora?

6:19 AM  

Postar um comentário

<< Home