27.5.06

foi como desenhar um portão entre aquelas claves. Uma correria de rios oclusos, que se arremessassem contra a exatidão. E ela, a mulher mais linda do mundo, suspendendo os minutos em sua discreta intromissão entre os assuntos do universo. Eu era tão melhor nos olhos dela. Tão absolutamente grande. Cansado de tanto implorar por aquela impossibilidade feminina, e ela então. Como pode existir alguém que resida simultaneamente no espaço e no sonho? Que exista em matéria, e em névoa onírica? Que me conjugue entre o desejo e o sossego e me multiplique entre os demais homens?

Como pode alguém me ensinar tanto sobre mim?
Me comprimir contra o seio para que sejamos fluxo apenas...
para que sejamos; apenas.
Como eu pude ignorar que você já havia?
Que em semi-sono enquanto eu tomasse café, você já havia.
E que sempre, quando me debruçava sobre a minha janela, e em nada pensava,
eu te esperava sobre a sua janela.
Eu te pintava sobre a minha paisagem.

Casa comigo moça,

eu quero passear com você.

1 Comments:

Anonymous Anônimo said...

e às vezes pegar na mão.

5:26 PM  

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