18.9.07

Sonho I

Eu sou um procurador do estado, você uma analista de sistemas.

Entendiados com a dificudade em manter uma conversa, haja vista nossas rotinas, decidimos ir para Cuba.

Em poucos minutos na ilha, o clima revolucionário nos transforma em guerrilheiros impedindo a contra-revolução.

Há mesmo uma divisão do trabalho. Enquanto você constrói minhas botas de restos de pneu e couro velho, remenda as roupas com os poucos panos restantes e garante o pleno funcionamente das armas. Eu me mantenho na frente de batalha, alimento os ideais dos companheiros, elaboro as táticas de guerrilha e durmo sempre acordado do seu lado.

Nessa madrugada, os contra-revolucionários atacam o acampamento. Você me abraça e me olha com os olhos baços:

- Queria que a gente tivesse morrido velhinho.

Eu quase deixo meu corpo cair, mas te acalmo como dá:

- É melhor morrer enquanto há qualquer paixão, seja ela carnal ou revolucionária.

Morremos.
Mas Cuba não é tomada.

2 Comments:

Blogger Sheyla said...

bom, até porque o sonho foi fantástico - na literalidade do termo. se a intenção foi a descrição do sonho, contar, relembrar...

acho que dava pra ter sido mais "poético".

mas vai saber. às vezes não era a intenção.

7:26 PM  
Blogger Unknown said...

ainda vou postar a interpretação do sonho...
primeiro estou descrevendo pra lembrar...

descrever é essencial.

5:47 AM  

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