Sonho I *Interpretação
Somos distantes, incomunicáveis, na rotina. Cuba é o nosso terraço mágico onde amamos.
Dividimos as funções como companheiros que se cuidam e que caminham num mesmo sonho. Durmo acordado do seu lado não apenas pela proteção, mas pelo equilíbrio dos dias. Você dorme em defesa da noite, eu anuncio a iminência do dia. Em Cuba somos uma mesma coisa viva. Eu durmo em tua forma, você vigia sob a minha.
Os contra-revolucionários são o temor da velha rotina. Ela querendo imperar. Lutamos pela nossa Cuba onde existimos oníricos. O terraço em que somos pessoas triunfantes, onde nossa vida ainda é inconformada.
Os contra-revolucionários invadem nosso acampamento sob a insígnia da normalidade que não desiste. Sentindo-se menor diante da vida conformada, você me abraça e diz que queria que tivéssemos morrido velhinhos. Penso que talvez, para viver aquilo até o fim dos dias, tivesse que ter acatado parte da vida indefesa e de civilidade dócil. Embora sinta-me também menor, procuro equilibrar-nos outra vez. Encontro nas paixões o único verdadeiro porquê de qualquer esforço. "É melhor morrer enquanto há qualquer paixão, seja ela carnal ou revolucionária." Respondo empunhando o proferido como arma.
Morremos pelas mãos da realidade conformista;
Seguimos amantes sob a forma de Cuba.
Dividimos as funções como companheiros que se cuidam e que caminham num mesmo sonho. Durmo acordado do seu lado não apenas pela proteção, mas pelo equilíbrio dos dias. Você dorme em defesa da noite, eu anuncio a iminência do dia. Em Cuba somos uma mesma coisa viva. Eu durmo em tua forma, você vigia sob a minha.
Os contra-revolucionários são o temor da velha rotina. Ela querendo imperar. Lutamos pela nossa Cuba onde existimos oníricos. O terraço em que somos pessoas triunfantes, onde nossa vida ainda é inconformada.
Os contra-revolucionários invadem nosso acampamento sob a insígnia da normalidade que não desiste. Sentindo-se menor diante da vida conformada, você me abraça e diz que queria que tivéssemos morrido velhinhos. Penso que talvez, para viver aquilo até o fim dos dias, tivesse que ter acatado parte da vida indefesa e de civilidade dócil. Embora sinta-me também menor, procuro equilibrar-nos outra vez. Encontro nas paixões o único verdadeiro porquê de qualquer esforço. "É melhor morrer enquanto há qualquer paixão, seja ela carnal ou revolucionária." Respondo empunhando o proferido como arma.
Morremos pelas mãos da realidade conformista;
Seguimos amantes sob a forma de Cuba.
4 Comments:
OBS: Não pretendi interpretar como um psicanalista, mas sim como alguém que gosta de literatura. Fingi que o sonho era um conto. Não sei exatamente o que o sonho quis me dizer, por isso me limitei a registrar o que eu quero dizer sobre ele...
uma ilha bem do lado da outra.
Poxa, Nísheylas, vc devia ter deixado apenas o primeiro!
[pra deixar encostar em quem passa despercebido e entende tudo errado - tomando como próprio, achando lindo!]
ia dizer do anterior que das bonitezas todas que ele traz o melhor é o título - pressupõe próximos.
A paixão queima sozinha, sem esforço nosso. A rotina que antecipamos com o re-conhecimento do outro é, para mim, o maior e mais intrigante desafio.
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