Eu freio e a verdade incide. Eu não faço sentido. Quantos semáforos ainda até tudo trocar-se pelos meios, e as coisas deixarem de ser. O Uno ao meu lado é uma moça de uns quarenta e tantos. Cabelo vermelho, sintético, afeito em um rabo firme e inerte. Sinto vontade de pedir uma informação, mas quanto ao trânsito não há maiores dúvidas. Pergunto qualquer coisa de dentro da minha estupidez:
- Essa aqui é a Paulista, não é?
no que ela ri um riso médio e transtornado de pena:
- Sim, ali é o MASP... - apontando para o óbvio redescoberto.
-Você acha que eu sou uma pessoa de quem se possa gostar?
Mas o semáforo, embora nos fosse o mesmo, abrira antes pra ela. E eu sobrava com uma avenida toda pra transpor sem uma resposta.
Em São Paulo, tudo é grande demais. Uma sensação mista de excesso e falta de espaço.
A cidade comprimindo o vidro do carro, querendo entrar. E uma avenida que sempre termina no mesmo lugar, me separando de alguma outra coisa.
- Essa aqui é a Paulista, não é?
no que ela ri um riso médio e transtornado de pena:
- Sim, ali é o MASP... - apontando para o óbvio redescoberto.
-Você acha que eu sou uma pessoa de quem se possa gostar?
Mas o semáforo, embora nos fosse o mesmo, abrira antes pra ela. E eu sobrava com uma avenida toda pra transpor sem uma resposta.
Em São Paulo, tudo é grande demais. Uma sensação mista de excesso e falta de espaço.
A cidade comprimindo o vidro do carro, querendo entrar. E uma avenida que sempre termina no mesmo lugar, me separando de alguma outra coisa.
2 Comments:
Pôxa nícolas.
Estou com saudades,
se você tiver algum tempo nessa sua vida de sucessos, vamos nos encontrar, eu queria te dar um presente...
Gosto de entrar aqui de vez em quando e me sentir perto de você. Sentada nesse banquinho só te observando de longe e vendo você crescer...
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