25.11.07

quiuso

É Sofia.
Hoje acordei alguns meses distante de você.

E afinal, o mundo seguiu girando
desde que desatamos as mãos.

Hoje, todo mundo me diz que eu to melhor.
E eu escuto, quase sempre calado.

Como é que acontece?

De duas pessoas que tanto se amaram,
de repente dividirem apenas um passado.

Quando é que começa o passado?
Como é que eu vou saber?

Você é presente Sofia,
mas já não é igual.

Eu ainda te amo,
não é fácil sentir.

Mas é diferente agora.

É como se eu dissesse "eu te amo"
entre meus lábios cerrados.

23.11.07

A espera é sempre em silêncio,

e se há qualquer som entorno, é ruído.

21.11.07

Entre aquelas barracas estiradas.
Em meio a toda chuva.

Dentro de nossa cerveja às 10 da manhã.
Dentro de nossa cerveja do dia inteiro.

Entre o poeta e os macaquinhos.
Entre os músicos da maré.

No sorriso da pretinha.
Aquele mar bebendo a chuva.

Aquela gente, quantos tantos amigos.

De um repente, e sem anúncio,
sorriram de um mesmo tempo
para que eu fotografasse.

Todos querendo morar aqui dentro,
e meu coração, que se dizia grande,
sobrou pequeno, finalmente.

20.11.07

O blog voltou de Ilha Grande.

Eu me neguei a voltar.

14.11.07

O Vibrissas está indo pra Ilha Grande comigo.
Volta Domingo.
Segunda tem sushi.
Terça tem rodízio do carro.

8.11.07

Virar pra mim enquanto nos devolvemos ao acaso e dizer:

- Eu sei que você quer sambar. Eu to indo embora.

É entender tudo errado.

Eu gosto de sambar, você tem razão.
Mas não com a cara salgada.
Procedo do ponto em que havia parado.
Dois meses atrás eu me achava triste.
Hoje, admito que talvez eu seja triste

e tudo bem.